HUMAN EXPERIENCE MANAGEMENT: um processo de reinvenção do RH

               Assim como todos os setores foram “obrigados” a se reinventarem, a área de Recursos Humanos precisou se adaptar também já que, com a “chegada” do Home Office,  foi necessário se reinventar em seus processos de Treinamento, Desenvolvimento, Avaliações, Recrutamento e Seleção, além de todos os processos burocráticos inerentes à área.

                Com tudo isso, o RH teve que olhar para todos os seus braços de uma só vez (Departamento Pessoal, RH Estratégico, Gestão de Talentos e Designer de Experiências) e precisou ser assertivo neste olhar, ou seja, colocar as pessoas como o centro do negócio.

                Você provavelmente já deve ter ouvido sobre o termo Human Experience Management ou Gestão da Experiencia Humana e, se ela era uma tendência para o ano de 2020, ela agora se tornou a mais nova necessidade.

                HUMAN EXPERIENCE MANAGEMENT (HXM)

                É o foco na experiência do cliente interno e externo (colaborador e candidato) e na gestão da cultura da empresa com o objetivo de conectar pessoas e o negócio. Esse tem sido o grande desafio do RH.

                A experiência do colaborador é o conjunto das percepções e sentimentos acumulados de todas as suas interações com a empresa: processos, políticas, pessoas, ferramentas, tecnologia, ambiente, infraestrutura e suas funções. Segundo um estudo do Instituto Galup, empresas focadas nisso tendem à ter uma baixa nas taxas de turnover (em torno de 40%), podendo aumentar até 17% da produtividade dos seus colaboradores. E quem não deseja isso para a sua empresa, certo?

Em um momento de pandemia, produzir mais a menor custo pode ser um grande diferencial das empresas e, com uma equipe motivada, isso se torna mais viável. Além disso, esse aumento na satisfação dos colaboradores promove o crescimento do EMPLOYEE BRANDING (marca empregadora) no mercado.

COMO FAZER PARA PRODUZIR MAIS A MENOR CUSTO EM MOMENTO DE HOME OFFICE, QUASE 100% DIGITAL?

Organizações de demandas por reuniões virtuais, preocupação com a saúde de todos, novas legislações, perda de produtividade, incertezas sobre como lidar com tudo isso e ainda sim focar na experiência do colaborador exigirá muito do profissional de RH mas o foco não tem como ser outro, é a: PRIORIZAÇÃO DAS PESSOAS.

                Em qualquer momento de crise, a tarefa número uma das empresas será sempre a mesma: FOCAR NAS PESSOAS.            E, quando falamos de pessoas e suas experiências, estamos falando de: relações mais próximas; qualidade de vida; trabalho simplificado e com significado; satisfação pessoal e profissional; melhores entregas e melhores resultados.

                A tecnologia nesse processo de experiência humana entra como aliada do RH, principalmente nas experiências digitais. Será necessário, através da tecnologia, proporcionar um ambiente atraente de se trabalhar para conquistar os melhores talentos (seja trazendo do mercado ou desenvolvendo quem você já tem). Engajar seus colaboradores, ter uma marca empregadora forte, celebrar conquistas e inovar sempre. Parece difícil, certo? Mas se você conseguir aliar a tecnologia com um RH HUMANIZADO, com toda certeza você terá bons resultados.

                DICAS PARA TRABALHAR O HUMAN EXPERIENCE EM SUA EMPRESA

– Alinhe suas estratégias e defina metas para serem cumpridas. Toda estratégia precisa de KPI’s e tempo de avaliação para ter sua eficácia validada.

– Utilize a tecnologia a seu favor: tenha reuniões sempre que possível, peça que todos participantes liguem as câmeras para poderem conversar com a equipe visualizando cada membro, para que o senso de equipe permaneça.

– Tente facilitar e desburocratizar processos que antes eram feitos manuais e agora possam ser digitalizados.

– Realize campanhas internas de incentivo e reconhecimento e divulgue os resultados.

– Tenha contato direto com seus colaboradores mesmo à distância. Tentar entender o ambiente atual de trabalho deles e tentar melhorar é muito significativo pois demonstra preocupação e atenção.

Para que isso ocorra, você precisa de duas coisas: boas tecnologias e conhecimento da estratégia da empresa! Com essas duas questões muito bem definidas, está na hora de você fazer o TAILOR MADE (fazer sob medida) ou seja, aliar o que tem de melhor no mercado (tecnologia) junto à cultura da sua empresa.

            EMPLOYEE EXPERIENCE: O SALDO FINAL DO RELACIONAMENTO ENTRE COLABORADOR E EMPRESA

Se o resultado final será positivo ou negativo, vai depender de quanto o RH se esforçou (juntamente aos gestores) para garantir uma boa experiência para os colaboradores.

                Para que seu saldo seja positivo, criar uma estrutura efetiva de Employee Experience (EX) se torna fundamental e, para isso, você precisa de:

• Ouvir os seus colaboradores: dar voz e permitir que eles participem da criação deste processo. Serão eles que irão trazer as informações mais importantes sobre o que não está indo bem e, principalmente, o que pode ser feito para melhorar.
• Definir a jornada do colaborador desde o recrutamento até à demissão.  É necessário considerar todas as etapas que o colaborador passa na sua. Isso vai ajudar a compreender melhor como este processo tem ocorrido e, principalmente, aonde estão as maiores falhas e a necessidades de mudanças.
• Crie seu próprio programa de Employee Experience: todas as ações em cada etapa da jornada do colaborador devem ser descritas (formato de atração dos candidatos; campanhas de incentivo, programas de remuneração, programas de reconhecimento, programas de crescimento interno);
• Garanta a oportunidade de crescimento: seja uma carreira horizontal ou vertical, seja crescimento salarial, sempre seja uma empresa que dá OPORTUNIDADES. Não adianta criar um programa de Employee Experience, se o centro deste programa não seja o crescimento das pessoas dentro da sua empresa.

Se o seu objetivo é crescimento, atrair e reter colaboradores é seu maior desafio. Portanto, comece logo a investir nos seus processos de HUMAN EXPERIENCE MANAGEMENT afinal, a prioridade do RH é melhorar a vivência do colaborador.